Kit Cocô

Veja bem. Não sou dessas pessoas que conseguem fazer...ehr... o ... bem... o número dois assim, em qualquer lugar, sem a menor cerimônia.

Muita informação?  Eu sei. Eu sei. Mas preciso colocar isso pra fora (sem trocadilhos). Nada como o Dr. Blog pra ajudar a curar os nossos problemas.

Costumo dizer que não sou dona do meu castelo. Master of my domain? Não! Não sou! Quem manda nessa brincadeira, de verdade, é o... ehr... o dito cujo. Esse aí mesmo que você está pensando.  

E é o seguinte: a coisa só acontece quando e onde o todo-poderoso quer. Uma desgraça! Porque geralmente ele não quer quando tem que querer e quando eu não tô nem pensando no assunto, ele vem logo mostrar quem é o chefe da repartição.

E aí, eu quase morro, porque o cérebro não concatena com o..ehr.. com o dito cujo. No meio do shopping??? Assim, de repente? Sem nenhum aviso prévio? Mas eu não consigo fazer isso em banheiro cheio de gente... Não dá pra esperar até chegar em ca... Não dá! Ok. Ok . Quanto sofrimento!

Tenho umas amigas que são, digamos assim, muito mais evoluídas do que eu. Vivem em harmonia com o... ehr... com o delas. Estão no domínio, senhoras de seus castelos. E não têm a menor vergonha de fazer o número dois. Em lugar nenhum desse planeta. Na casa dos outros. No trabalho. Banheiro público. Com elas não tem tempo feio.

Agora, o máximo da evolução mesmo é o Kit Cocô. Em uma necessairezinha floridinha, bonitinha, minhas amigas grau-máximo-na-escala-evolutiva levam: plástico descartável pra forrar o assento sanitário, lenço  de papel umidecido e, olha que singelo, uma caixinha de fósforos. Que é pra acender um palitinho quando acabar o serviço, de forma que o próximo na fila não tenha que dividir nada com você, a não ser mesmo o cubículo e o vaso.

Não é o máximo da evolução? Fala sério. Me senti uma mulher das cavernas.

Adelaide Fringe Festival 2010 - By Sergio Lordão